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Chaminé ARS NORTE   |    Bonfim Sul

A chaminé cortada a meio, que ainda hoje se ergue como vestígio industrial, sugere a existência de uma antiga fábrica de seda, possivelmente relacionada à Fábrica de Seda do Barão de Nova Sintra.

Esta fábrica foi uma das mais renomadas do Porto, funcionando no edifício localizado na Rua do Barão de Nova Sintra, nº 256, atualmente ocupado pelo Colégio Barão de Nova Sintra, a chaminé pode ser avistada a partir do terreno adjacente, atualmente ocupado pelo Ministério da Saúde.

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A história da Fábrica de Seda do Barão de Nova Sintra e do próprio Barão está profundamente enraizada na evolução industrial e social da cidade do Porto.

O título de Barão de Nova Sintra foi concedido a José Joaquim Leite Guimarães por D. Luís I, em 8 de março de 1862, figura notável, o Barão construiu um legado marcante tanto no Brasil como em Portugal, deixando contribuições valiosas em setores empresariais e humanitários.
 

Nascido em 1808 na freguesia de São João de Pencelo, Guimarães, José Joaquim Leite Guimarães emigrou para o Brasil aos 17 anos, onde prosperou como comerciante no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, após uma carreira de sucesso e vários empreendimentos comerciais, regressou a Portugal aos 42 anos, já senhor de uma vasta fortuna.
 

No Porto, destacou-se como impulsionador de projetos industriais e culturais, incluindo a fundação de uma Fábrica de Sericultura, onde se produziam sedas de alta qualidade premiadas em exposições internacionais, como a Exposição Universal de 1867 em Paris.

No século XIX, a seda produzida em Trás-os-Montes era enviada para esta fábrica portuense, gerida pelo técnico francês Frédéric Germond, sob sua administração, a unidade destacou-se pela elevada qualidade dos produtos, tornando-se uma referência tanto a nível nacional como internacional.

Além da produção, a fábrica tinha também uma vertente educacional, funcionando como escola de formação para fiandeiras, embora enfrentasse desafios devido à escassez de mão de obra qualificada.

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Esta fábrica, juntamente com uma escola de formação, tornou-se um importante centro de produção e ensino na cidade.

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Em 1866, Germond estabeleceu uma fábrica de fiação de seda em Moncorvo, utilizando máquinas simples, mas eficazes, para aproveitar os recursos locais. No entanto, a produção de seda em Trás-os-Montes enfrentava problemas de adulteração, o que levou a uma queda na qualidade e, consequentemente, à redução das vendas e com o tempo, o setor entrou em declínio, resultando no encerramento das atividades e deixando estruturas industriais, como a chaminé remanescente, como testemunhos de um passado industrial fluorescente.

Atualmente, o edifício da antiga fábrica de seda, foi convertido no Colégio Barão de Nova Sintra, preservando parte da história da cidade do Porto, a chaminé embora cortada, continua a ser um símbolo da importância econômica e social da produção de seda na região, representando um legado industrial que merece ser lembrado e valorizado.

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